ricardo alves



Desde 2015, dediquei parte da minha produção na elaboração de imagens de explosões. Primeiramente de foguetes que falharam, a fim de suscitar a sensação do erro, do acidental, do não controlável. É comum encontrar registros de explosões em sites como Youtube, com milhares de visualizações. O que nos leva a assistir repetidamente coisas que deram errado? Depois, fui atrás dos fogos de artifício, explosões propositais que em contextos de celebração servem ao prazer visual, e em eventos de ano novo, marcam um novo tempo, mesmo que seja apenas algo simbólico. Seja qual for o caso, independente das ideias que estes acontecimentos acidentais ou propositais possam suscitar, eles me levaram a cultivar um vocabulário visual composto por tentáculos de fumaça, formas expansivas, cores saturadas, gotas luminosas.... Elementos que se reelaboravam e se construíam a cada nova pintura.

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Since 2015, I have dedicated part of my production to making images of explosions. Firstly, of rockets that have failed, to evoke a sense of error, of the accidental, of the uncontrollable. It's common to find recordings of explosions on sites like YouTube, with thousands of views. What makes us repeatedly watch things that have gone wrong? Then I went after fireworks, purposeful explosions that in celebratory contexts serve visual pleasure, and in New Year's events, mark a new era, even if it's only symbolic. Whatever the case, regardless of the ideas that these accidental or purposeful events may give rise to, they led me to cultivate a visual vocabulary made up of tentacles of smoke, expansive shapes, saturated colours, and luminous drops... Elements that were reworked and constructed with each new painting.